Ok! Agora vem a parte mais divertida do planejamento da sua viagem! Mas não menos trabalhosa! Vamos montar o nosso itinerário! O que isso significa? Bom, vamos decidir o que faremos em cada dia “líquido” da nossa viagem (sem considerar os dias de traslados, transportes)!! Planejar diariamente seu passeio e o que você precisa para realizá-lo!
Eu faço o seguinte: como eu disse antes, eu faço uma planilha simples em papel sulfite mesmo e monto como se ela fosse um calendário, um quadradinho para cada dia. E para cada dia planejo aquilo que vamos fazer.
Para fazer esse planejamento eu sempre considero uma região por dia. Geralmente as atrações se encontram concentradas em diversas regiões (por exemplo em Paris tem o centro com a Torre Eiffel e milhões de outras mil coisas, Monmatre com a Sacré-Couer e o Moulin Rouge, e por aí vai…). Cada dia, uma região e suas atrações.
Visto isso, eu pesquiso cada atração e vejo a necessidade de comprar bilhetes de entrada ou se são gratuitas, porque sempre que possível, eu prefiro comprar os tickets com antecedência pela Internet. A vantagem disso é que geralmente você foge das filas imensas do pessoal que não teve a mesma ideia que você e fica lá plantado horas para conseguir entrar. Isso otimiza seu tempo e te dá condições de fazer mais coisas. Também dou uma olhadinha qual o tempo da duração da atração: por exemplo, na Torre Eiffel, quanto tempo você pretende ficar por lá?
Sobre os bilhetes de entrada, geralmente, as atrações têm sites próprios como Louvre, a Torre Eiffel, a London Eye, o Coliseu etc. Mas em algumas grandes cidades também existe a possibilidade de adquirir o City Pass, que é um “bilhetão” que te dá direito a entrar, sem pegar fila, em diversas atrações que a cidade proporciona, além disso, podem servir de passe livre no transporte público. Pois bem, nem sempre todas as atrações estão disponíveis no City Pass (por exemplo, no Paris Pass, a Torre Eiffel não está inclusa, e você tem que comprar o ingresso à parte). Além disso, ele é vinculado a um tempo de uso (dois, três dias, dependendo da cidade que você vai).
Eu sempre procuro o custo-benefício do City Pass (mais uma vez, ele!), se existente. A grande vantagem deles é não pegar fila e a diversidade de atrações. Mas nem sempre você terá tempo para de fato conseguir ir em todas as atrações que ele te proporciona, porque são muitas, e você terá que fazer opções. Eu sempre olho o preço individual dos ingressos das atrações que eu realmente quero ir e vejo se o preço do City Pass compensa. Em Paris eu comprei o de seis dias e super compensou: visitei todas as atrações que eu queria e ainda acabei indo em outras que eu nem tinha considerado! É um trabalho chato, mas que compensa muito depois pelo tempo e dinheiro que você vai poupar .
Nessa mesma oportunidade também vejo se terei oportunidade de realizar algum bate e volta para alguma cidade próxima. O que significa fazer a mesma coisa que eu disse acima para esta nova cidade. E, inclusive, como você fará para chegar lá!
Decididas as atrações que quero ver, tenho também que saber como chego lá saindo do meu hotel. Neste caso, vai de cada um também! Há pessoas que preferem pegar táxis ou Uber, e também há cidades em que esta é a melhor (única) opção.
Também considere o transporte público – que é a minha opção preferida (por isso sempre escolho hotéis próximos a estações de metrô – sim, tudo se liga!). Ônibus e metrô geralmente levam às atrações principais e são uma opção bem mais viável que os táxis, em compensação há cidades em que não é aconselhável fazê-lo, como por exemplo Joanesburgo e Cape Town.
Outra opção são os ônibus de turismo Hop On Hop Off, que você paga um bilhete e pode utilizá-lo pelo período escolhido (um, dois dias…), descer nos pontos estabelecidos no itinerário e subir novamente para o próximo. E, se você foi fazer um bate e volta, você deve decidir o tipo de transporte que vai tomar: ônibus, trem, barco ou carro.
E aí, eu pego meu “home-made” calendário e vou anotando o que farei em cada dia, que horário (caso a atração tenha horário marcado), quando farei os bate-voltas e pra onde e que horário sairá o trem (geralmente eu pego trem). E também marco os dias em que farei chegadas e saídas, por exemplo: vou para Joanesburgo dia 25/08 saindo de São Paulo e chegarei lá dia 26/08 no começo da manhã. Então dia 26/08 eu marco que terei uma parte do dia livre para fazer coisas que não requeiram muito deslocamento e inicio o itinerário propriamente dito no dia seguinte. Marco também que dia 28/08 sairei de Joanesburgo e chegarei ao Kruger, também ao meio dia. Aqui, como voo é mais curto, não estarei mais com jet leg, eu considero fazer um safári noturno no dia de chegada. E assim vai…
Por fim, em alguns lugares eu gosto de contratar agências turísticas locais para fazer os passeios. À vezes pelo simples conforto (quando é fácil de chegar no lugar de transporte público, mas eu não quero me preocupar com isso), mas geralmente porque as atrações que quero fazer são melhores quando guiadas.
Exemplo clássico: Atacama. Claro que você pode alugar um carro, ou pegar uma bicicleta e fazer por si mesmo os passeios. Contudo, você vai chegar no lugar e não vai saber a história dele, o que ele significa, quais seus melhores pontos… O mesmo vale para o Kruger, que é o “parque” mais famoso em que se realizam os safáris na África do Sul: eu poderia fazer por conta própria de carro. Mas eu não vou saber onde é melhor ponto de observação dos animais e fora que seria um perrengue danado andar de carro por lá (do meu ponto de vista). Então, pesem sempre essa possibilidade dependendo do caso!
Bom gente! É assim que faço meus roteiros! Caso vocês tenham dúvidas, deixe nos comentários ou me mande um e-mail! Se você gostou, deixe sua curtida e compartilhe com os amigos! Até a próxima!